quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Inclusão Digital

 


Atendendo a pedidos, hoje vou falar um pouco sobre o que provavelmente será o assunto da minha monografia. A inclusão digital.

Parece coisa de Nerd, mas escolhi esse assunto justamente por isso. Atualmente as pessoas passam tanto tempo na frente de um computador que não sabem mais como se socializarem. Um garoto quer dizer para a garota o que sente, e, ao invés de ir lá, olhá-la nos olhos, segurar a mão dela, como uma cena de novela, ele fala por MSN, Facebook ou seja lá o que for, só por que "dói menos" receber um "não" virtualmente, já que basta um clique para que o "não" desapareça. O julgamento é menor, pois você está em casa, vestindo uma roupa rasgada, uma meia furada, um copo sujo ao lado do pc, o cabelo sem lavar a 3 dias e a barba por fazer, você não se preocupa, pois ninguém está vendo!

Não existe a chamada pressão social, por isso a ação fica mais livre. E até existe um pouco de razão nisso tudo, já que na internet somos só felicidade; temos milhares de amigos e podemos ser tudo, de artista a guerreiro, de mago a escritor. E, após tanto tempo com esse costume, chega um ponto em que a burrice social vem à tona. A pessoa percebe que não sabe sequer pedir uma informação qualquer a um desconhecido. Um medo indescritível surge. Medo de ser julgado, ou do que a outra pessoa possa pensar. 

E voltamos lá na fonte de todos os problemas e soluções, a mente. E onde a pessoa busca a solução pra isso? Sim, na internet, está tudo lá, não é mesmo? Bem, ironicamente, você está lendo isto na internet, e sim, eu uso internet, e muito, por sinal, mas não gosto de conversas virtuais. Perde-se o sentimento, do mesmo jeito que a pessoa não sabe como você está, você não sabe como a outra pessoa está. Digitam-se "kkks" e "asuhsaushausahs" enquanto a pessoa no outro lado está simplesmente ":|". 

Pra que conversar no mundo virtual se não da para olhar nos olhos? Se não tem como usar o tom sarcástico/irônico? Se não da pra saber como a outra pessoa realmente está? Vale mesmo a pena tirar todos esses benefícios apenas para ter mais segurança e poder pensar em melhores respostas (que depois acabam sendo as piores respostas possíveis)? Saia daí, dê um bom dia pra alguém, não atravesse a rua ao ver que uma multidão encontra-se em seu caminho. 

Caralho, elas são pessoas, como você! (como sim). Usando uma gíria de alguns amigos, deixe de ser um bitolado! Não tema estragar uma reputação que você pensa que tem, pois não tem nada! Você faz algo hoje, e amanhã ninguém mais sabe quem você é, ou se sabe, não se importa.

"Vá para fora! O mundo é belo, cheio de aventuras, é desafio, é enriquecedor. Vá para fora sem medo - não há nada a perder, há tudo a ganhar"  - Osho

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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Amor incondicional




No post anterior eu disse que devemos amar a nós mesmos, e sempre vem aquelas pessoas dizerem "mas eu me amo", e quando vai ver, ela fica pensando "se eu tivesse um carro seria feliz, se eu tivesse um milhão de reais seria feliz, se eu tivesse um(a) namorado(a) seria feliz", ou seja, não se amam, só se amariam se tivessem todas essas coisas. Agora pense bem, se essa pessoa tivesse tudo o que deseja, ela seria ela mesma? Por que eu não sou um cara que tem milhares de reais na conta, uma BMW, um notebook, grande porte físico e casa própria. E nem por isso fico me lamentando por não ter isso ou ser assim, porque esse não sou eu. Esse pode ser o Obama, o Brad Pitt, o sei la mais quem, mas eu sei que eu é que não sou.

E é aí que entra o amor incondicional. É o amor mais raro de se ver, aquele que não depende de nada pra existir. Muita gente diz e ouve por aí "eu te amo mais que tudo", pura mentira, o certo deveria ser "eu te amo mais que tudo, SE você me amar também" ou até "eu te amaria, se você me amasse". Sempre tem um SE, uma condição necessária. Se aquela condição não for cumprida, a frase anterior é anulada. Ou seja, esse não é um amor incondicional, não é um exemplo a se seguir.

E claro, não tem como fazer algo sem obter um exemplo, então, vou citar o exemplo do amor mais incondicional que existe, e creio que todo mundo já presenciou. E não, não estou falando do amor dos pais. Estou falando do amor do cachorro. Sim, ele mesmo. Aquele animalzinho que não tem defesa contra você a não ser os dentes, que você brinca, corre atrás, esquece de dar comida e água, chuta, bate, briga, deixa preso e etc. e apesar disso tudo, quando você chega em casa, ele te recebe com a maior alegria do mundo, mesmo que você tenha saído por apenas 2 minutos.

Aquele que você vai acordar só pra mostrar pra alguém o quão "fofinho" ele é, que sobe na cama e você o empurra mesmo sabendo que cachorros não caem com as quatro patas como os gatos. Que você deixa sozinho em casa enquanto sai para festas com os amigos e o acorda de madrugada quando chega. Agora, experimenta deixar sozinha aquela pessoa que diz que te ama, ou xingar, ou deixar sem comida. Ou, levando isso para um olhar interior, você mesmo, que fica se culpando eternamente por uma pequena falha, ou por falta de ação (ok, essa você pode se culpar, mas arrepender-se e fazer a mesma coisa depois não adianta em nada). Você se privou de algo que queria, seja por medo ou por algum fator externo, e se odeia por isso. Pensa nisso toda noite antes de dormir e imagina como seria se você tivesse agido diferente, mas isso não adianta em nada!

Por isso é necessário amar-se e aceitar-se como o cachorro ama o dono. Fique feliz consigo mesmo quando fizer algo errado, afinal de contas, você tentou. Não existem fracassos, apenas aprendizados e tudo é uma questão de ponto de vista. Cometa todos os erros que puder, só não os cometa mais de uma vez, afinal de contas, uma vez fazendo errado já é o suficiente para aprender que não se deve fazer novamente. Pensar naquilo que já aconteceu não adianta em nada, apenas aceite que aconteceu e que não acontecerá novamente.

Mas puta que pariu que texto meloso... ignorem essa merda, o resumo disso tudo é: FODA-SE TUDO E TODOS, EU SOU O QUE IMPORTA, E SE O MUNDO ACABAR AMANHÃ EU NUM TO NEM AÍ. (só não saia dizendo isso por aí).

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terça-feira, 9 de agosto de 2011

O gato e o novelo de lã



Bem, estou admirado por você ainda ler este blog. Sério mesmo, estive muito ocupado (e ainda estou, mas como sou enrolado vou escrever um pouco aqui).

Hoje vou falar sobre algo que quase ninguém sabe. Sim, vou desvendar um dos mistérios da sociedade, algo que muita gente (muita mesmo) reclama. O terror dos nerds e das garotinhas. O simples fato do amor não correspondido... Me perdoem o palavreado, mas PUTA QUE PARIU, como alguém pode retribuir o tal amor se esse amor significa ficar ligando feito um lunático, fuçando o orkut, twitter, facebook ou seja lá o que mais pra saber de tudo o que a pessoa faz, e às vezes até mesmo fingindo gostar de algo que não gosta?

Caramba, ponha-se no lugar da outra pessoa. Você gostaria de alguém te perseguindo? Querendo saber de tudo da sua vida? Mentindo ou se limitando para te agradar? Sim? Então pare de ler aqui e vá procurar um psiquiatra, você é louco(a) (É SÉRIO). Se não, parabéns, você está começando a entender como funciona. E agora vou explicar o que o gato e o novelo de lã tem a ver com isso:

Vocês já devem ter visto (em filmes ou desenhos, ao vivo eu nunca vi, não sou muito amigo de gatos) um gato brincando com a bola de lã, certo? Por que ele brinca com ela? Justamente por que ela se move, desfia, sai rolando. Mesmo que ela seja inanimada, ele brinca com ela, pois para ele, ela também está brincando com ele, mas o que acontece quando ele consegue agarrá-la de jeito, de um modo que esse novelo não mais escape? O gato desiste, se cansa, afinal de conta não tem graça ficar com algo tão fácil de se conseguir assim.

Entenderam a metáfora? Se não entenderam, azar o seus, não sei ser muito claro, e nem gosto hahaha. Se entenderam, saibam que o contrário também acontece. Do mesmo modo que cansamos de tudo que vem fácil, cansamos também daquilo que é difícil demais. Depois de tantas tentativas sem conseguir, chega a hora de tentar outra coisa. Agora eu expliquei né.

Simples assim! Quer ser amado? Se ame. A bola de lã não está lá pra divertir o gato, e nem o gato está lá pra brincar com a bola de lã, os dois não poderiam ser mais opostos e inúteis uns aos outros, mas a busca do gato por algo para fazer, faz com que isso aconteça. Não existe momento certo, nem pessoas que combinam, muito menos destino. Existem apenas tentativas: Ou você tenta, ou nunca saberá o resultado, ou pior, ficará com o resultado negativo sem ter nem tentado conseguir o positivo. Não pense ou imagine seu destino, faça-o.

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domingo, 26 de junho de 2011

Vivendo e Aprendendo


É incrível o como as pessoas mudam, vejo antigos amigos, amigos que tinha quando criança se tornarem adolescentes e adultos bem diferentes.

Esses dias percebi uma mudança que ocorreu comigo nos últimos meses. Antigamente eu era extremamente racional, sempre precisava de um motivo, uma prova, alguma coisa pra fazer algo. Sempre estava na defensiva, sempre na minha “zona de conforto”, aproveitava o que tinha, mas sempre pensando no futuro, deixava as vezes de fazer o que eu queria pra TALVEZ ter alguma coisa boa no futuro. Era incrível a minha habilidade de não me arriscar quando devia, de não aproveitar meus momentos intensamente. Buscava repetir momentos que foram bons, pensando que assim eu seria sempre feliz.

De um tempo para cá então comecei a mudar sem perceber, passei a me importar com sentimentos, e não com o dos outros (algo que já fazia), mas com os meus próprios, passei a dar ouvidos a eles, enxerga-los de outras maneiras e tentar entender o que aquilo significava para mim, qual mensagem que eles me passavam. Essa foi uma das coisas que me aconteceram e que me fizeram mudar, até hoje descubro coisas novas que me ocorreram e fico grato por todas elas, até mesmo as que me deixaram mal, afinal aprendi muito.

Hoje não sou totalmente diferente de como eu era, acho que ainda não acabei de mudar, amadurecer, crescer. Mas uma coisa eu tenho certeza, mudanças ocorreram.

Tenho mais facilidade de me comunicar com desconhecidos e fazer novas amizades, percebi que a felicidade não está apenas em fazer sempre a mesma coisa para rir sempre, mas em experimentar coisas novas, pois por serem novas nos causam um impacto ainda maior. Voltei a sair com amigos que não via a tempos, voltei a falar com antigos amigos. Passei a experimentar o novo a tentar o que ainda não foi tentado. Parei de pensar só no futuro e muitas vezes sofrer o presente por um futuro incerto, quero aproveitar enquanto posso, quero o melhor pra mim AGORA, afinal relembrar o passado é bom, mas fazer o presente é melhor ainda.

Por isso queridos leitores, talvez vocês gostem desse blog, ou não, mas será que todos os que leem os posts e concordam com eles só concordam ou também experimentam as coisas que a gente fala? Se não experimentam, passem a experimentar, afinal, o pior que pode acontecer é você não gostar e voltar a sua vida normalmente. O pior fracasso é não tentar.

“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.”Charles Chaplin

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terça-feira, 14 de junho de 2011

Mais um ano...

Comentei com o Lucas Maverick que eu também faria um post no dia do meu aniversário portanto, aqui estou. Concordo com ele quando diz que acha errado parabenizar se a pessoa está ficando mais próxima da morte, mas também acho que os parabéns podem significar uma congratulação por ter chegado tão longe.

Hoje creio que senti o que ele sentiu, e o que muitos devem ter sentido ao completarem 19 anos... É uma espécie de desespero por tudo estar passando rápido demais ou coisa parecida. Mas sei que mesmo sentindo isso não vou mudar meu modo de viver (pelo menos não muito) pois não sou uma pessoa que reclama da situação atual, e sim aceita ela procurando ver o melhor lado.

Lógico, isso não quer dizer que não teria arrependimentos, mas por esses momentos ruins que eu cresci e concordo com algo que li em algum lugar que dizia que não se trata de quão forte você bate e sim do quanto você pode apanhar.

Dessa vez nao vou escrever nada grande não porque estou escrevendo do celular, mas talvez eu modifique algo depois. Então, quero deixar aqui a mensagem para aproveitar o momento e fazer algo mesmo que você saiba que vai dar merda, pois esses serão os momentos que serão lembrados quando você estiver incapacitado de fazê-los. Falei como um idoso inválido agora né, mas não se preocupem, ainda tem muita merda pra eu fazer, corações para eu quebrar, pessoas para eu salvar, jogos para eu apostar, dinheiro para eu ganhar, lutas para apanhar, esperanças para matar, sonhos para conquistar e textos para postar.

Abraços. Que venha o Lucas 2.0!

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segunda-feira, 6 de junho de 2011

CARPE DIEM


segunda-feira, 06/06/2011 00:16,

Começo a escrever isso, poucos minutos após o dia do meu aniversário ter acabado(não é interessante comemorarmos a proximidade da nossa morte?), no decorrer da última semana, um turbilhão de idéias passaram pela minha cabeça, coisas loucas, insanas, sem nenhuma lógica.

O tempo passa agente cresce, era como se tudo o que acreditávamos, tudo o que almejávamos da vida se desfalecesse, a vida não é bela como diz o poeta, existe um mundo cruel e real lá fora, a nossa história não é um sonho onde tudo o que queremos, é possível e fácil de alcançar só com um pulo.

É engraçado, como tudo perde a antiga graça, o encanto, quando crescemos, amizades se desfazem, amores se vão, ou até mesmo nem chegam a se concretizar. Relações são criadas com o intuito, apenas de se aproveitar do outro. Pessoas vem e vão na nossa vida, e é como se nos melhores momentos do convívio elas tem de ir, bacana não é?

Dizem que é inevitável no processo de amadurecimento humano, que no momento onde se tem que escolher por perder alguém, optando assim pela felicidade dela, e não da nossa, é quando somos verdadeiros homens.Se essa premissa for verdadeira...é acho que sou um homem.

Me disseram desde criança que para termos mulher que quisermos ao nosso lado, deveríamos ser gentis, dóceis, amigos, enfim a “solução” dos problemas dela. Cresci, vi que não é bem assim, vi que as mulheres se enjoam facilmente de caras assim, e se entregam aos bad boys aqueles que conseguem mexer com as emoções dela, foi quando virei este bad boy, tinha tudo o que queria na hora que queria me achava feliz, mas existe uma tal de lei de Murphy né?Que diz que tudo pode se tornar pior do que já está.

Existem pessoas na nossa vida, pessoas que estão nela por algum motivo, pessoas que quando estão perto, nos fazem esquecer dos problemas, amigos, amores, família,principalmente família.

Nos últimos 15 dias vim pensando em jogar tudo pro alto, e nesses momentos quem me ajudou foi uma das únicas pessoas(existem 2) que até hoje, foram dignas de ouvir um eu te amo da minha boca, “Percebe e entende que os melhores amigos, são aqueles que estão em casa, esperando por ti”minha mãe, putz, quando agente precisa de colo, é pra ela que agente corre, isso é uma verdade irrefutável da vida.

Estive pensando também, se eu morresse amanhã, eu teria algo pra dizer que minha vida valeu a pena?A resposta seria NÃO eu apenas existi e não vivi, não tive um grande amor, não vive nada de excepcional, não dei o orgulho que minha mãe merecia,ou seja nada teria valido a pena.

É por isso que peço a quem estiver lendo, VIVA não apenas exista, seja algo para alguém, viva o seu dia, dê o seu melhor, CARPE DIEM.

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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Odiosa Natureza Humana





Você seria capaz de viver completamente sozinho? Ou ficar absolutamente sem fazer nada? Não!? Já era de se esperar. No mundo de hoje as pessoas vivem muito em dependência do outro. Basicamente um cego guiando o outro. Todos dizem que devem se amar primeiro, para depois amar ao próximo, mas que amor é esse que você tem a si mesmo que não consegue nem passar uma hora apenas consigo mesmo, sem pensar em outras pessoas? Você tem um animal de estimação? Se tem, observe-o por um instante, veja como ele fica lá, absolutamente sem nada para fazer, ou alguém para conversar... e quando aparece algum ser para conversar é alguém que ele não entende a língua e provavelmente pensa "o que é esse negócio estranho pulando e gritando em volta de mim?" (e sim, isso é você). Mas esse animal não fica triste, fica?

Então por que os seres humanos, sendo animais, ficam tristes? Simplesmente porque eles não sabem desfrutar da própria presença, do silêncio, do presente. As pessoas são tão egoístas a ponto de se importar com como os outros as veem, mas não são capazes de enxergar a si mesmas. O desejo de agradar ao outro, de ser como o outro, é maior. Não existe a capacidade de viver sozinho.

Muita gente vive reclamando de que a pessoa que ela quer não a quer, mas não percebem que um ser humano não pode ser dono de outro e que se fosse tudo tão fácil, a vida seria enfadonha, pois não é o destino, mas sim o caminho que é excitante. E o caminho para a realização é um caminho que, por mais que hajam outras pessoas, deve ser trilhado sozinho, afinal de contas você nunca encontrará alguém exatamente como você, e ninguém pode lhe ajudar, afinal de contas cada um tem seu próprio caminho, o máximo que um pode fazer ao outro é indicar a direção.

Dá medo enfrentar tudo sozinho? (leia o post abaixo) Eu não posso fazer nada, ninguém pode fazer nada, uma mãe não pode ficar dormindo com o filho a vida inteira porque ele tem medo do escuro, é essencial conhecer essa escuridão, é essencial conhecer o caminho, é essencial conhecer a si mesmo. Já viu que ninguém consegue responder a pergunta "Quem sou eu?", nem mesmo os grandes filósofos. Todos perguntam, mas ninguém responde, pois essa resposta não pode ser dada por meio de palavras, ela deve ser sentida.

Então deixe de ser o que a sociedade quer que você seja, pare de acreditar no que lhe disseram. Jiló é ruim? Você já comeu? Então não afirme nada que você não tenha vivido. Deixe de lado os outros, arrisque-se, a única pessoa que estará com você no momento da sua morte é você, apenas você saberá o que encontrará lá do outro lado, e apenas você pode lutar essa batalha. Por isso aprenda a conversar, desabafar, silenciar, divertir, chorar, brincar consigo mesmo, isso é a verdadeira independência.


"A verdadeira liberdade é um ato puramente interior, como a verdadeira solidão: devemos aprender a sentir-nos livres até num cárcere, e a estar sozinhos até no meio da multidão." - Massimo Bontempelli

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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Medo




Antes de começar a desembolar aqui, gostaria de fazer umas perguntas... Quantas vezes você já sentiu medo? E quantas vezes agiu, apesar do medo? E quantas vezes ter feito isso foi legal? Hahaha, creio que as respostas serão algo parecido com "senti medo várias vezes, agi mesmo sentindo medo poucas vezes, e as vezes que agi foram MUITO legais... Talvez não seja um exemplo a seguir, mas que foi legal foi." Agora outra perguntinha: Se foi tão legal agir com medo, por que ainda assim não tomamos uma atitude quando estamos com medo?

As pessoas estão em uma constante busca de segurança, mas a vida não é assim, ela é insegura, você deita hoje e não sabe se vai acordar amanhã, e mesmo assim não tem medo de ir deitar. Esse é um exemplo simples de como o medo já foi exterminado para tal ato, é um hábito. Se ficássemos habituados a agir apesar do medo em qualquer situação, seríamos destemidos, nenhuma situação seria um grande desafio pois a barreira psicológica não estaria presente, deste modo, oportunidades que surgem de repente e a todo momento seriam aceitas e aproveitadas sem nem sequer notar e a vida seria mais interessante e com menos arrependimentos.

O medo vem com o pensamento do futuro, "se eu fizer isso, pode acontecer isso" mas o futuro é incerto, e a maior parte das pessoas ignora esse fato. Ninguém é capaz de saber o que vai acontecer no segundo seguinte, se soubesse, a vida não teria sentido, pois seria tudo pré-definido e o livre-arbítrio não existiria, sendo assim por que o futuro é tão importante? Porque cedo ou tarde, ele se tornará passado, e aí sim ficará preso na mente, sendo relembrado. O problema é que a mente é idiota, ela grava tudo, coisas boas e ruins, sendo assim, como evitar isso? Bom, hoje está rodando uma notícia aí de que o mundo acaba amanhã, se isso for mesmo verdade, o que você faria? Iria apostar todas as suas fichas de uma vez e esperar o melhor ou iria apenas deixar o mundo acabar?

Apenas os que deixariam o mundo acabar é que estariam cientes de que aproveitaram tudo o que tinham que aproveitar, disseram tudo o que tinha para dizer e não há nada que eles não tenham feito se não quisessem. Se a vida é um jogo, aposte. Se é uma peça, improvise. Se é um mistério, foda-se, apenas viva.


"Arrisque tudo, pois o momento seguinte não é uma certeza. Então, por que se importar com ele? Por que se preocupar? Viva perigosamente, viva com prazer. Viva sem medo, viva sem culpa. Viva sem nenhum medo do inferno ou sem ansiar o céu. Simplesmente viva." - Osho

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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Andamos para frente ou para trás?


Estava estudando para uma das matérias da faculdade, nela dizia que Taylor e Fayol criaram um modelo de administração que visa o homem ocmo uma "máquina" que é incentivado pela remuneração financeiro, foi criado então o termo homo economicus.

Após os dois veio o grandioso Henry Ford e seu famoso Modelo T que fez uma das revoluções no processo administrativo, sua frase mais usada era: Pode ser produzido automóveis de qualquer cor, desde que fossem pretos. A tinta preta seca mais rápido que as outras, aumentando a produtividade da fábrica.

Desbancando a Ford, veio a Toyota, vinda do Japão e tendo seu inicio após a Segunda Guerrra Mundial, precisou eliminar os desperdícios. Assim aumentando a qualidade dos produtos japoneses que eram vistos como sucatas.

Esses e outros motivos fizeram a curso da administração mudar tendo cada vez um foco diferente para otimizar a produção, até que chegou a Teoria das Relações Humanas.

Ela deixou de ver o homem como "máquina" e passou a ver a organização como um grupo de pessoas e agora o foco estava nessas pessoas e as interações tanto formais quanto informais entre elas. Foi visto como importância o fator motivação, reconhecimento e o fator financeiro é colocado em segundo plano.

Mas hoje em dia eles visam a montadora chinesa Chery como uma possivel grande montadora num futuro próximo, só que:

A Chery possui muitas semelhanças com as teorias de Taylor, Fayol e da Toyota. Eles voltaram com o conceito de homo economicus, possuem uma história parecida com a da Toyota e voltam a tratar os operários como máquinas.

MUDANDO UM POUCO O ASSUNTO!

Quem já prestou apenas um pouco de atenção na moda? Nas tendências?
A pergunta é feito por um simples motivo.

A uns anos era moda o boné com tela, hoje em dia são famosos os tênis modelo Nautic. Esses e vários outros acessórios fizeram moda recentemente, mas não foi só recentemente. Minha mãe meu tio e alguns parentes mais "velhos" me falavam que na época deles era comum usar acessórios iguais, meu tio por exemplo tinha alguns bonés de tela no armário e usava a algumas décadas atrás.

A pergunta que me fica na cabeça é: Estamos andando para frente, ou para trás ou estamos dando voltas no mesmo lugar?

Se a moda e a administração (exemplos citados no post) tiveram suas atividades presentes baseadas no passado (praticamente copiadas) então nós estamos realmente evoluindo? Pois voltar ao um processo antigo se caracteriza como regressão e não evolução.

Sei que esse post pode não acrescentar nada na sua vida, mas para tentar fazer algum sentido para você eu vou tentar encaixar isso na vida de vocês, meros leitores.

Sua vida, ou seja, suas atitudes, fazem com que você evolua, regrida ou fazem você entrar em um ciclo onde sofre constantemente das mesmas coisas sem buscar uma solução?

O fato é que, não adianta andar, temos que saber para onde andamos e o motivo de estarmos andando nessa direção, afinal se for só para andar a toa vamos comprar uma esteira. =p

Esse é o post, acho que ninguém vai entender nada (incluindo eu), não vai mudar a vida de ninguém e ninguém vai ter coragem de comentar nessa merda, mas ta aí!

"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta." Albert Einstein

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domingo, 27 de março de 2011

É o fim



Trilha sonora:


Voltei cedo, mas não se preocupem, não é o fim do blog. É só que hoje minha professora disse algo que me deixou pensativo... Disse que os profissionais da área da saúde quando contraem uma doença grave acabam por perder a fé, tornando a doença mais letal ainda, dando o exemplo de um PhD em câncer que contraiu a doença que ele mais havia estudado na vida, e morreu poucos meses depois... E se tomarmos isso como exemplo, acontece o mesmo em nossas vidas, só não é tão grave a ponto de levar a morte (ou não).

O que quero dizer é que tudo termina e sabemos disso, e às vezes a falta de fé leva a ver que algo está acabando e mesmo assim não fazer nada para não deixar acabar, ou prolongar mais um pouco. Acontece com os miojos no armário, os chocolates no pote, os relacionamentos, as notas escolares, os livros e com nós mesmos. O tempo não para e o que está feito já era, consertar nem sempre é a melhor opção.

Certa vez um homem me disse: "Tudo tem conserto. Uma vez que tenha acontecido algo, é possível acontecer novamente" Essa frase me deu esperança, mas o que eu realmente aprendi depois foi "Será que vale a pena tentar consertar?". É, meu fone de ouvido foi consertado várias vezes (e em uma das vezes eu me machuquei e não arrependo) e ele é algo que eu considero muito necessário, hoje ele está estragado, roubei o do meu irmão por enquanto, e não vou consertá-lo mais. Mas isso foi apenas um exemplo.

Continuando, mesmo que não se queira voltar atrás em algo, existem recaídas, geralmente quando se está bêbado, ou sobre efeito de remédios (né, Neto?) ou ainda em qualquer situação em que o psicológico não está apto a suportar o emocional, em outras palavras, não existe razão para a emoção, e voltando lá em cima, creio que esse seja o motivo da desistência de qualquer coisa na vida. O que leva a um paciente em estado semi-terminal a entregar-se ao que seja que esteja afligindo-o, ou um cara ir pra um bar e "desligar o cérebro" ou escrever no blog.

Bem, eu ia escrever mais, mas já está bem grande, então, só queria dizer que essa mensagem vai pra você, que desiste de tudo na primeira tentativa, ou em poucas tentativas (já pensou se o inventor da lâmpada tivesse desistido nas primeiras 100 tentativas?), e pra você que vive reclamando da vida. Ah e já ia me esquecendo, pra você também. ;)

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sábado, 26 de março de 2011

Azar existe?



Fala ae negadis, saudades de vocês, mó correria e pc está dando uns bug aqui que está me deixando puto...
Mas vamos ao post, negadis, não sou de acreditar em sorte ou azar acho que o que vale mesmo é a competência de cada um, mas na última semana aconteceram alguns fatos que estão me fazendo repensar no assunto:
first: De uns tempos pra cá me tornei uma pessoa muito confiante, só que com isso venho tendo alguns problemas, estou sendo taxado como a pessoa que, "se acha", foda não?
second:Lembra do meu último/primeiro post:http://naopensar.blogspot.com/2011/01/razoes-vs-emocoes-qual-seguir.html onde eu falava sobre seguir a razão ou a emoção, nas nossas decisões, então galera, contar pra vocês eu segui e razão e me fudi kkkkkkkkkkk não tomei a decisão que na moral eu deveria ter tomado, e no último fim de semana, tive uma surpresa, não considero como decepção pois ela só existe, quando agente coloca muita expectativa sobre algo... mas agora sei que devo dar ouvidos a Emoção \o/
É sei lá se posso considerar isso azar, mas essa última semana está sendo complicada negadis, mas azar ou não eu acredito que tudo na vida tem seu fim, momentos ruins e os bons também...
Em suma galera é isso, estava ficando envergonhado pois não estava postando, e não estar aproveitando a oportunidade que o Lucas Rato me deu, meus posts ficarão mais assíduos daqui pra frente.
Abraços e toquem o FODA-SE (Y)

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quarta-feira, 23 de março de 2011

Seja um caçador - Vivendo o momento

Ta que essa série de posts não está das mais inspiradoras, mas já dizia meu avô (mentira, eu vi isso numa música, mas é legal dizer que alguém antigo disse): "Você precisa terminar o que começou, não importa o que seja." Então, que se inicie o post:



Existem dois modos de não viver o momento, um é pensar muito no passado e outro é pensar muito no futuro...

"E, enquanto nômades, os caçadores abandonam terras, roupas e armas, pois viajar com muita carga só atrapalha."

Aqui temos o exemplo de esquecer o passado, como dizia aquela velha frase "quem vive de passado é museu", que não deixa de ser verdade, mas esquecer o passado completamente não é de certo a melhor idéia, pois esquecendo-o é possível cometer o mesmo erro que fez o passado ser ruim. Veja bem, se eu deixasse o passado completamente para trás, eu não conseguiria escrever nada aqui, ou o que eu escrevesse não seria real, vivido por mim, e sim baseado em experiências de outras pessoas, vistas por minha perspectiva. Ou talvez deixasse de escrever mesmo.

Aqui vai um exemplo prático: Se você ta lendo aqui, provavelmente é por que gostou de ler outro post que escrevi (apesar de que esses mais recentes tão um lixo, seja esperançoso, um dia melhora), isso foi uma experiência do passado que foi guardada, mas que não te afeta emocional, social ou psicologicamente, mas afeta em suas decisões. Quem não ta lendo aqui é por que provavelmente não gostou e por isso não voltou mais, ou sequer conhece o blog. Esse é o jeito certo de viver, viver o presente tendo conhecimento do passado mas sem deixar o passado prejudicar. Não vou prolongar muito pois ainda tenho que citar o outro tipo:

"Caçadores estão sempre atentos para oportunidades - Adianta muito pouco aprender o comportamento de um animal se na próxima caçada você provavelmente vai encontrar outro. O importante é ser capaz de lidar com o imprevisto, ter sensibilidade e flexibilidade para captar um novo comportamento, ter jogo de cintura."


Nesse caso é apresentado o futuro. Pessoas que fazem planos pensando no futuro geralmente passam a vida pensando em fazer e não fazem nunca. Basicamente é o que acontece quando aqui fica muito tempo sem postar algo... Provavelmente todos nós autores desse blog pensamos "caramba, preciso atualizar lá" e as vezes até pensamos num assunto e no texto todo, mas por correria e outros fatores acontece o esquecimento e na hora de escrever algo some tudo.

É claro que todos desejam ter um momento pefeito na vida, seja um encontro, uma festa, um trabalho, uma aula ou qualquer coisa, e por isso montam scripts inteiros, como em um teatro, dentro da mente. Chega na hora, alguém não segue o script (isso é chamado livre arbítrio) e a pessoa que tinha tudo planejado sai frustrada. É melhor deixar acontecer. Tenho vários exemplos de dias em que eu não planejei nada e foi um dos dias em que mais me diverti na vida. Exemplos como a primeira festa de penetra, dançando festa junina em outra cidade sem nem ensaiar e etc. Assuntos para outra ocasião.

Bom, acho que é isso, talvez venha outro post desta seção, não sei se terminei, paciência gente. Ah, e acabei de ler um post aqui que dizia que era difícil mudar o pensamento de outras pessoas, então gostaria que tentassem fazer algo sem nenhum plano em mente, NENHUM MESMO, e depois me contar como foi. Se não quiser contar nos comentários tem o e-mail ali no canto, e se num quiser contar no e-mail também, num posso fazer nada.

Abraços!

-Lucas Rato

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sexta-feira, 11 de março de 2011

O que é a realidade?

Essa é uma das perguntas que não possuem uma resposta “correta”, pois cada pessoa tem um ponto de vista, e eu venho aqui hoje para tentar mostrar alguns pontos de vista sobre essa pergunta.

Vamos a um pouquinho de história:

Aproximadamente 450-500 anos A.C. antes do famoso Sócrates, existiam dois caras (filósofos) que tinham dois pontos de vista diferentes sobre a vida. Um achava que nada mudava, acreditava que a não transformação trazia a identidade. O outro achava que a realidade devia ser aprendida a partir da sua mudança, pois ele acreditava que as coisas mudam sem cessar.

Sócrates veio não para definir o que era realidade, mas sim para acabar com o conceito de realidade de todos. Era totalmente contra as certezas e utilizava da ironia com o objetivo de destruir o saber constituído para reconstruí-lo na procura da definição do conceito. Tanto que ele sempre disse: “Só sei que nada sei.”

Depois de Sócrates veio Platão, que criou o “Mito da Caverna”, o qual dizia que as pessoas vivem dentro de uma caverna, presas num mundo que não é real e só entram em contato com a realidade quando saem dessa caverna.

---------Mito da caverna.-------

Algumas pessoas dizem que existem várias realidades, que nós vivemos em uma realidade a qual a qualquer momento podemos mudar e nos tornar pessoas diferentes. Mulheres que apanham dos maridos e tomam a iniciativa de irem buscar a justiça para protegê-las, viciados em álcool e/ou drogas que largam o vício.

Outras pessoas dizem que existe apenas uma realidade e o que nos diferencia é a maneira como a vemos. Acreditam que o mundo é o mesmo, os acontecimentos são os mesmos, mas a nossa percepção faz com que reajamos de maneiras diferentes. Que desde quando nascemos somos afetados pelo ambiente em que vivemos, pelas pessoas que nos rodeiam e isso faz com que criemos crenças e filtros que fazem com que vejamos o mundo de maneiras diferentes.

E para você, qual o conceito de realidade? Você vive a realidade ou uma projeção dela ou uma percepção dela? Eu não posso lhe dizer quem está certo e quem está errado, afinal se até hoje ninguém conseguiu fazer isso, quem sou eu para tal feito? Só posso dizer o que Sócrates disse várias vezes:


“Só sei que nada sei.”

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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Seja um caçador - Altruísmo



"Caçadores não se apegam a bens materiais - As sobras da caça são sempre divididas – é melhor contar com as futuras sobras da caça de seus colegas do que deixar a carne estragar."

Como eu disse que iria ir postando sobre o texto passado, aqui está o primeiro texto. O altruísmo é algo que não vemos muito hoje em dia. Já percebeu por exemplo que quando um idoso entra no metrô ou no ônibus a maioria das pessoas sentadas começam a "dormir"?

São em situações como essas que vemos o quanto nossa sociedade está se tornando egoísta. Às vezes até para fornecer uma informação as pessoas se fecham, pensam apenas nelas mesmas e em "garantir a sua comida" do que ver se o outro precisa de algo. E então chega um momento que é ela quem precisa da ajuda... Se o orgulho dela for maior, aconteça o que acontecer, ela nao pede ajuda. Mas não importa, o fim será triste.

Hoje presenciei a cena de um cara que ajudou um colega e esse colega enrolou para ajudá-lo. O altruísmo deve ser recíproco (caramba meu vocabulário tá foda), realmente hoje temos o receio de ser tanto altruísta como egoísta. Eu sou da opiniao que colhemos o que plantamos então acho que ele mereceu. E também penso que tudo, ruim ou bom, acontece por uma razão que nos favorece (hoje fiquei horas rodando no mesmo bairro e descobri onde tem show do Kaquinho Big Dog).

Há situações que são ruins sim, e que pode não haver um lado bom. Mas de que adianta ficar relembrando? O importante está em deixar o passado pra trás e viver o presente. E este é o assunto do próximo texto: "Seja um caçador - Vivendo o momento".

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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Seja um caçador - Introdução



A uns dias atrás um colega meu me enviou um artigo publicado na Gazeta Mercantil sobre um estudo dos caçadores e nômades e esse artigo é muito rico em reflexões, retirando de uma coisa tão primitiva algo pra nossa atualidade. Vou colocá-lo aqui e depois vou fazer uma série de posts com base nele. Assim sempre tenho algo a escrever, pelo menos pelos próximos 5 dias.

A volta à Era dos Caçadores
Gisela Kassoy

Você já deve ter visto: os psicólogos andam estudando os rituais de acasalamento dos animais, os antropólogos estudando tribos primitivas, tudo isto para tentar explicar nosso comportamento afetivo e sexual. E porque não usar a psicologia evolucionista para entender nosso comportamento no trabalho?

Foi o que fez David Hurst, o Vice-Presidente das Metalúrgicas Federais Americanas e autor de vários livros sobre desempenho profissional. Hurst iniciou seus estudos com as tribos do deserto de Kalahari, talvez o último reduto de uma civilização nômade, sem noção de tempo, posse ou hierarquia. Posteriormente, Hurst comparou esta civilização (à qual ele chamou de caçadores) com a nossa (que iniciou com os pastores e agricultores). Veja algumas conclusões:

* Caçadores não se apegam a bens materiais - As sobras da caça são sempre divididas – é melhor contar com as futuras sobras da caça de seus colegas do que deixar a carne estragar. E, enquanto nômades, os caçadores abandonam terras, roupas e armas, pois viajar com muita carga só atrapalha.

* Caçadores estão sempre atentos para oportunidades - Adianta muito pouco aprender o comportamento de um animal se na próxima caçada você provavelmente vai encontrar outro. O importante é ser capaz de lidar com o imprevisto, ter sensibilidade e flexibilidade para captar um novo comportamento, ter jogo de cintura.

* Caçadores trabalham em equipe - Não há noção de hierarquia. A divisão de tarefas não implica em diferenciação de status. Saber ou poder mais não implica em valer mais. O valor mais importante é a troca – de comida, de presentes, de companhia – pois a garantia da reciprocidade é também uma garantia da sobrevivência.

* Caçadores se esquecem do passado - Nômades não insistem no que não está dando certo. Basta começar de novo.

Já faz tempo que nos comportamos como pastores ou agricultores: foram os atos de plantar e colher que nos ensinaram causa e efeito, que nos deram noção de tempo, que nos ensinaram a adquirir conhecimento, a usar o esforço e a perseverança. Mas trabalhar a terra fez com que nos apegássemos a ela e que passássemos a não mais compartilhar nossas posses. O dono da terra sentia-se dono das próprias pessoas, e se hoje quem tem poder é quem têm dinheiro ou amizades ou conhecimento, as coisas nem mudaram tanto assim.

Não estaríamos no momento de resgatar nosso lado caçador? Este é exatamente o ponto de vista de Hurst: o modelo agricultor/pastor só é eficaz em ambientes estáveis, Quando mudanças ocorrem a todo instante, o apego às previsões não pode prescindir da flexibilidade. Bill Harris, diretor de uma bem sucedida empresa de informática, vai além: "é necessário estar preparado para abrir mão do conhecimento num ambiente repleto de eventos desconhecidos", testemunha.

A globalização está nos transformando em nômades: se nós não mudamos, é o mundo que muda à nossa volta. As oportunidades de "caça" não se restringem mais ao nosso espaço. Voltamos às pequenas estruturas, ao trabalho em equipes e às redes, tendência que se observa mesmo nas grandes corporações, já que elas deixam de ser centralizadas.

Chega a hora mudança dentro de cada um de nós: a consciência de que nossa sobrevivência depende do muito mais do compartilhamento do que da posse.

Daqui a alguns dias coloco uma reflexão sobre o texto, e por aí vai. Abraços

-LucasRato

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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Dança e Expressão


Olá queridos leitores, por milagre estou voltando!!

"Você ta vivo??" Sim eu estou!!

"Por que parou de postar?" Não parei, dei um tempo, por causa dos estudos.

"O Lucas Rato te substituiu com o Maverick?" Claro que não, pois ninguém é substituível, mas o blog tava presisando de mais gente pra postar, então ele veio na hora certa.

"Você abandona a gente e acha que pode voltar assim?" Claro que não! Por isso estou escrevendo este post ;)


Parando de brincadeira e sabendo que ninguem sentiu minha falta, vamos ao que interessa. O POST!!


Para os que ainda não sabem ou não lembram eu faço aula de dança (que gay! ¬¬ ), voltei terça-feira e desde terça venho dançando diferente e as aulas estão um pouco diferentes também, acho que é um dos motivos da minha dança ter mudado. Mas o que me intrigou foi ontem, quando na aula de forró o professor pediu pra gente dançar o mais juntinho possivel das damas e após a música acabar ele perguntou para cada um:


"O que é a dança para você?"


As respostas foram diversas: aconchego, conforto, sentimento, expressão, coisa boa, etc..

"Ok, Pin. O que isso tem de interessante?"


Simples, esse é o motivo das pessoas dançarem! Elas se sentem confortaveis, acolhidas, fazem o que gostam e ainda podem se expressar a vontade, pois em um ambiente de dança de salão quase não há uma "interpretação errada" da dança. Cada música nos passa um sentimento diferente e é a expressão desse sentimento, feito por nós, que torna a dança algo bonito.

Mas isso não serve apenas pra dança, qualquer coisa que você faça que você goste e tede liberdade se torna algo bom de se fazer.


Ou seja, se você gosta, FAÇA! Ninguém pode te discriminar por algo que você goste de fazer ( a não ser que seja crime, ok?) e se alguém não gostar muito por preconceito, olhe para a pessoa, sorria e continue o que estava fazendo.


"A arte é a auto-expressão lutando para ser absoluta." Fernando pessoa

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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Razões vs Emoções... qual seguir?

I aí galera, sou novo por aqui, a convite do grande Lucas Rato, vou começar a postar nesse AWESOME blog, então, não se alterem se meus posts no começo estarem meio capengas.Resolvi escrever sobre Razão vs Emoção, o que desde o começo da semana vem me intrigando, pois em certos momentos da vida, ficamos divididos, seja na escolha de um curso superior, numa atitude qualquer a se tomar, e até quando um sentimento que está muito banalizado: o amor...

No último ano, tive algumas descobertas que me fizeram pensar um pouco, dar ouvidos a que? Ao coração ou a Razão, por que fiquei tão dividido eu não sei explicar ao certo, entretanto esses “dilemas” me fazem sempre aprender um pouco mais.Quando fui escolher meu curso, na hora de fazer minha inscrição me veio uma grande dúvida...desde moleque meu sonho foi cursar medicina, tinha toda uma visão ideológica sobre o assunto, contudo ocorreram uma série de fatos na minha vida que me fizeram mudar de opinião,na minha cidade existe um vestibular seriado, no qual fazemos provas em cada ano do ensino médio, e onde no final do 3° ano, escolhemos um curso na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), nunca fui muito fã de estudar, até a 8ª serie do fundamental isso deu certo, mas quando cheguei ao colegial... não preciso nem dizer o que aconteceu né ? Em suma minhas notas no vestibular seriado não foram tão legais, e eu não podia me dar ao luxo de tentar medicina, pois precisava e ainda preciso começar a ganhar dinheiro, pra ajudar minha mãe que já é de idade e que batalhou muito pra que eu estudasse, então coloquei Ciências Contábeis, um curso que me dará um retorno financeira mais rápido, e que a nota de corte não era tão alta.Assim foi uma das vezes que usei a razão.

Mas olhando pelo lado do amor... ahh o amor, esse sentimento que nos deixa meio abobalhados, suspirando pelos cantos, e só nos faz pensar naquela pessoa que nos faz tão bem, aff mas chega de poesia, cheguei em mais um “dilema” onde a quê eu deveria dar ouvidos, ao meu coração, que me mandava investir “Nela”, ou a minha razão, que insistia pra eu ficar quieto, pois entre eu e “Ela” existe uma profunda e sincera amizade... afinal todos sabemos que a possibilidade de um romance entre amigos, se não der certo, aquilo que antes existia entre os dois pode não voltar a ser a mesma coisa.Mas e se ligarmos nossa teclinha do FODA-SE, pra certas convicções e se tudo o q disseram sobre seguir o coração, no amor estava errado?Não digo pra fazerdes uma declaração pra “akela” pessoa tão especial pra você, porque isso sim eu acredito que não da certo, mas o que você axa de dar uma chance a vocês dois?

Vendo por esse lado só saberemos, o que dará certo ou o que não dará, se tentarmos afinal não temos nada a perder, no mínimo ganhamos experiências e conclusões, de que aquilo que fizemos, não era mesmo a coisa certa a fazer...

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sábado, 22 de janeiro de 2011

A parte difícil de ser humano



Eu sempre digo que para entender como funciona a mente humana basta imaginar o mundo na época do 'homem-das-cavernas', pois eles viviam apenas com os princípios básicos de sobrevivência e reprodução. E assim que foram surgindo as outras 'necessidades', criadas pela inteligência, desenvolvida durante a evolução do ser. Com essa inteligência começaram a surgir famílias e com as famílias, o amor, tanto na ação como no sentimento. Desde então sentimentos tem sido o centro de toda ação que sequer pensamos em fazer.

Mas, se imaginarmos o homem primitivo, veremos que não há dificuldade alguma. Prevalece a lei do mais forte e mais apto. A dificuldade está atualmente, em como o que você sente interage com o que outros sentem. Quando o sentimento toma forma de ação. Aí é que tudo se complica, a consciência pondera entre o certo e errado, entre se vingar ou perdoar, amar ou odiar. E às vezes a resposta está quando conseguimos um minuto de silêncio, um minuto sem pensar naquilo. Apenas um minuto.

É quase o que acontece em um dilema. Quem nunca esteve em um dilema? Duas opções completamente boas, ou ruins e parece não existir uma saída que lhe agrade. A verdade é que não existe uma saída, até o fato de não fazer uma escolha, já é uma escolha. Todas as escolhas feitas irão te definir no final e não há como escapar, por menor que alguém seja, ela afeta a vida de outra pessoa em algo, essa é a parte difícil de ser humano.

"Às vezes as pessoas precisam de ajuda, às vezes elas precisam ser perdoadas, e, às vezes elas precisam ir pra cadeia. (...) E não é nada fácil pra mim tomar uma decisão. Isto é, lei é lei e eu não quero infrigi-la. Mas você pode perdoar uma pessoa. Bem, essa é a parte difícil. O que podemos perdoar? É a parte difícil do trabalho. A parte difícil de ser um ser humano. (Magnolia)"

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Tudo acontece por uma razão


Sabe, há muitos meses atrás encontrei um anel na rua, pequeno, fazia tempos que eu estava querendo um anel mas era caro e eu tinha medo de que não ficasse tão bom, mas como achei o anel, coloquei ele, era pequeno, só servia no mindinho, achei meio gay no início mas deixei. Às vezes eu tirava, colocava no outro mindinho, ficava batendo ele em lugares pra fazer barulho. Houveram algumas críticas sobre o uso do anel, mas continuei com ele.

Então, este ano fui a uma festa e encontrei uma garota que eu já conhecia, acabei 'roubando' o anel dela que era parecido com o meu, mas maior, coloquei ele no dedo que coube, o mesmo dedo da aliança. Ao fim da festa peguei carona com ela e quando ela pediu pra devolver o anel, eu dei o meu, ela só percebeu quando o colocou, e por incrível que pareça, ele coube no dedo de aliança dela também. Então disse que ela seria minha namorada, de brincadeira, ou não.

Se não houvesse o titulo provavelmente essa seria uma história comum, e talvez seja demasiado cedo para escrever esse post, mas, se prestarem atenção aos fatos, perceberão que há algo no mínimo curioso... Voltando no tempo, lá onde eu achei o anel, e imaginando que eu passasse direto por ele, ou simplesmente deixasse de usá-lo pois não era uma coisa comum minha de usar anéis, será que tudo isso teria acontecido?

Essa é uma das coisas que acontecem em nossas vidas que nos fazem acreditar que tudo acontece por uma razão, e geralmente nos favorece. Algo assim já lhe aconteceu? Quantas vezes?

(E hoje eu cheguei 1h30min atrasado e aconteceu tudo aquilo... coincidência?)


"Há histórias de coincidência e casualidade, de interseções e coisas estranhas contadas... e qual é qual quem é que sabe? Geralmente, dizemos: 'Se fosse num filme, eu não acreditaria.' (...) E a vida nos ensina: 'O passado já era para nós, mas não nós para o passado.'" (Magnolia)


Pense nisso...

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sábado, 1 de janeiro de 2011

Um dia tudo volta...



Quem nunca passou por uma situação em que lutou para esquecer algo e, após todas as recaídas e lembranças, quando achou que estava superando tudo, aquilo volta, fazendo com que sinta tudo aquilo que sentiu antes de uma vez só? Bem, eu parei pra pensar sobre isso... Talvez seja um teste que Deus, ou o universo, faz para ver se estamos mesmo superando tudo aquilo, e observar como reagimos... Ou então o nosso poder interior que, de tanto mentalizar aquilo, acabou sendo atraído.

Logo no primeiro dia do ano recebi a volta de algo que se iniciou no início do ano passado, e que carreguei durante o ano todo, com momentos bons e ruins. E agora isso volta, trazendo algo que pode ser esperança ou ilusão. Nunca se sabe quando virá, e quando vem, geralmente vem acompanhada de um pensamento comum: "o que eu faço agora?". O incrível é que na hora não consegue se pensar em nada, e depois que tudo passa (inclusive a onda de suor excessivo) o pensamento que vem é "caramba eu podia ter feito isso" e com isso vem mais um arrependimento que é preciso superar.

Dizem que tudo acontece por uma razão. Não sei se isso foi bom pra mim, quanto a sentimentos, mas me ajudou a escrever no blog, que cá entre nós, tava precisando de uma atualizada né! Acho que consegui tirar algo bom disso tudo que voltou como fantasmas para me assombrar novamente. Aliás, não vou me precipitar, vamos ver no que isso vai dar. E tentarei não ficar esperançoso.

Abraços
-LucasRato

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